Tudo o que precisa saber sobre supressão de incêndio por aerossol condensado

Atualmente, dada a presença da tecnologia na nossa sociedade e a sua aplicação regular no nosso dia a dia, tornou-se importante que os meios de proteção contra incêndio sejam cada vez mais eficientes, mas também menos invasivos e “destrutivos” preservando a operacionalidade e a integridade dos equipamentos.

Para dar resposta a esta necessidade, o setor da segurança contra incêndio, desenvolveu a supressão de incêndio por aerossol condensado, uma tecnologia relativamente nova, em que temos um sistema de recipientes de aerossol ou um único recipiente, interligados entre si e a um painel de controle ou não, projetado para extinguir incêndios em áreas de risco sensíveis.

Outros sistemas especiais de proteção contra incêndio, incluindo produtos químicos secos, produtos químicos húmidos, agentes de limpeza gasosos (halocarbono ou gás inerte), névoa de água, dióxido de carbono e, no passado, sistemas de halon também são usados ​​em áreas semelhantes.

As áreas de risco especial são aquelas para as quais a proteção automática por sprinklers não é a solução adequada, seja pelo próprio risco de incêndio, seja pelo conteúdo que está a ser protegido. Os sistemas automáticos de aspersão podem danificar equipamentos sensíveis de tecnologia da informação e até mesmo os sistemas que utilizam compostos químicos húmidos, aplicados na proteção de cozinhas comerciais e industriais, podem danificar equipamentos de confeção e implicar dificuldades de limpeza.

Ao contrário de outros sistemas utilizados em áreas de risco crítico, os sistemas de supressão por aerossol condensado não requerem um recipiente separado para o próprio agente extintor, nem requerem uma rede de extinção interconectada para distribuir o agente. Os sistemas de aerossol condensado operam por deteção de fumo ou calor, juntamente com painéis de controle, ativados termicamente ou operados manualmente com acionadores manuais.

A supressão de incêndio por aerossol condensado também pode ser usada para proteção de áreas localizadas pequenas, como gabinetes elétricos ou motores de veículos. Finalmente, a supressão de incêndio por aerossol condensado pode ser usada como extintores de incêndio portáteis ou como módulos a serem lançados em áreas de incêndio por socorristas para suprimir as chamas antes de acederem ao interior dos recintos.

Como funciona a supressão de incêndio por aerossol condensado?

O conceito de “triângulo do fogo” aprendido desde o ensino básico, não explica completamente como um incêndio tem início e continua a queimar. O triângulo do fogo tradicional ilustra que são necessários calor, uma fonte de combustível e oxigénio para que exista a propagação do fogo. Existe um quarto elemento, muitas vezes ignorado, que também é necessário para a propagação de um incêndio – uma reação em cadeia. Essa reação em cadeia é principalmente a propagação de iões de hidrogénio reagindo com outros produtos químicos para produzir calor e assim mantendo ativa a fonte de ignição.

É importante manter esse tetraedro em mente porque a supressão de incêndio por aerossol condensado extingue ou suprime o fogo principalmente interrompendo a reação química em cadeia. Interromper a reação química em cadeia de um incêndio é considerado o método mais eficaz de supressão de incêndio, e é por isso que os sistemas de halon, que extinguem um incêndio da mesma maneira, foram considerados um dos sistemas de supressão de incêndio mais eficazes.

Contudo o Halon e outros produtos químicos semelhantes foram proibidos pelo Protocolo de Montreal na década de 1990 sendo permitidos apenas para uso militar. Além disso, a Agência Ambiental dos Estados Unidos (EPA) aprovou aerossóis condensados ​​para uso em sistemas de supressão de incêndio.

A sequência de funcionamento dos sistemas de supressão por aerossóis condensados ​​é a seguinte:

  1. O recipiente que contém o aerossol é selado e assim permanece até ser ativado automática ou manualmente
  2.   O atuador na parte superior do recipiente de aerossol energiza um composto patenteado, que cria um agente de aerossol libertando em seguida
  3. Uma mistura de micropartículas de sais de potássio e gás de nitrogénio sai do recipiente
  4. Pequenas quantidades de gás e partículas preenchem o espaço e apagam o fogo ao anular a reação química em cadeia

O composto do aerossol condensado contém uma mistura de produtos químicos que pode variar entre as marcas.

Por último, mas não menos importante fique a saber quais são as normas que regulamentam a aplicação desta solução. São elas a: NFPA 2010 – norma para Sistemas Fixos de Extinção de Incêndio por Aerossol é a principal norma usada para projetar, instalar e manter sistemas fixos de aerossol. Esta norma aplica-se aos sistemas fixos usados ​​para proteger riscos especiais críticos, como gabinetes elétricos e salas de equipamentos elétricos sensíveis. O padrão que rege os requisitos dos componentes usados ​​nos sistemas por aerossol condensado é o UL e a norma 2775 para Unidades Fixas de Sistema de Extinção por Aerossóis Condensados.

Agora que já conhece a solução de supressão de incêndio por aerossol condensado e o seu funcionamento deixe os nossos especialistas apresentar-lhe as opções de proteção mais adequadas ao seu espaço e equipamentos.

Juntos protegemos o futuro!

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