1 – Antes de mais, os sistemas de proteção contra incêndio são um investimento que se faz e, tal como os seguros, esperamos nunca precisar deles, mas em caso de necessidade, todos queremos que funcionem.
2 – Em caso de necessidade de funcionamento, é aqui que encontramos a linha diferenciadora entre os sistemas disponíveis no mercado português.
3 – Temos sistemas assentes num modo de funcionamento mecânico e temos sistemas assentes num modo de funcionamento elétrico com integração de vantagens tecnológicas.
Afinal, de que serve a tecnologia senão para acrescentar valor e mais valia às nossas vidas?
4 – Agora vamos lá explicar o que nunca ninguém lhe explicou:
O sistema mecânico é constituído por diversos mecanismos cujo funcionamento é dependente entre si. Começo por lhe explicar como funciona o método de deteção de incêndio num sistema mecânico: são utilizados fusíveis térmicos, aplicados no interior da hotte. Um fusível térmico é um dispositivo de segurança que se rompe quando aquecido a determinada temperatura. É considerada uma ampla gama de temperaturas (78ºC, 100ºC, 138ºC, 182ºC e 232ºC). Libertando um cabo de aço e, assim, acionando o mecanismo. Aqui o sistema de deteção tem três componentes básicos: Suporte, cabo e fusível térmico. Neste sistema, quando ocorre o fogo, o fusível térmico está projetado para se soltar, desprendendo o cabo, o que ativa o sistema de supressão. Estes são os pressupostos técnicos que como o sistema deverá funcionar. Mas, e, se por estar exposto ao acumulo diário de gordura o cabo demorar a desprender? Se o fusível térmico com o acúmulo de gordura e exposição à temperatura levar a acionamentos desnecessários? Ambas as situações não aportam ao cliente fiabilidade nem diminuição de custos.
Agora passamos ao sistema de supressão automático… supondo que o sistema de deteção funcionou de forma regular, vamos perceber como se processa o sistema de extinção. Quando o cabo de aço que suporta o fusível térmico se solta desprende o atuador pneumático, uma espécie de agulha que vai perfurar o cartucho de nitrogénio que libertará a pressão existente no tanque (depósito) do agente extintor para expelir o agente dando início à supressão. O problema é que é habitual, aquando da manutenção deste sistema, o técnico para trabalhar e acautelar desencadeamento acidental colocar um pino de travamento entre o depósito do agente extintor e o atuador pneumático, muitas vezes este pino acaba por ficar lá esquecido bloqueando e inoperacionalizando todo o sistema de supressão, que simplesmente nem vai ser acionado.
5 – Percebemos assim que as condições de operacionalidade deste sistema continuam a potenciar lacunas graves que não acautelam a segurança de equipamentos e instalações. À semelhança do que acontece com os seguros, se o nosso seguro de saúde não cobre uma constipação, qual a vantagem de um seguro, que excluiu, à partida, proteger o maior e mais frequente risco que temos?
6 – E o sistema de funcionamento elétrico, como funciona?
Neste sistema, quer o mecanismo de deteção e extinção estão totalmente automatizados e ligados a uma central de controlo que monitoriza de forma permanente e contínua qualquer falha ou anomalia, não só sinalizando a mesma como fazendo o seu registo, uma espécie de backup do funcionamento de todo o sistema.
Comecemos então por explicar o método de deteção…
Neste sistema na deteção de incêndio é utilizado um cabo linear térmico com aprovação UL, higiénico, fácil de limpar, instalar, económico, de longa durabilidade, assegurando a rapidez de deteção, robustez, resistência e fiabilidade. Adaptável a diferentes temperaturas para acautelar todas as variações de trabalho da cozinha. Em qualquer sistema de proteção é de importância vital a rapidez de deteção, é fundamental a dimensão do incêndio anterior à ativação do sistema, estas duas condições são essenciais para assegurar a eficiência do sistema de extinção. Ao permanecer ligado a uma central de controlo, está sob monitorização constante para validação das condições de funcionamento do mesmo. Não existe a possibilidade de haver lacunas no método de deteção que não sejam identificadas. Qualquer inconformidade é assinalada de imediato em tempo real.
Expliquemos agora, como funciona o método de supressão de incêndio neste sistema:
Após atingida a temperatura definida, pelo cabo térmico linear e detetadas as condições de incêndio, esta informação chega ao painel de controlo que de forma automática dá início ao processo de extinção. Fazendo uso da tecnologia de gerador de gás instalada no coração do sistema de extinção, após a ativação do sistema o gerador instalado no cilindro onde está o líquido extintor, é o componente que assegura a pressão constante do agente extintor.
O agente extintor é expelido pela tubagem da rede de extinção, sendo produzidas umas micro gotículas de neblina que absorvem o calor resultante da combustão, constituído por sais orgânicos de potássio, este é uma solução de base química húmida, cuja reação com a fonte de calor produz o efeito de saponificação extinguindo as chamas e prevenindo o seu reacendimento.
De relembrar que o sistema de extinção também se encontra sob monitoração contínua e constante da central de controlo, onde qualquer anomalia que ocorra em qualquer componente do sistema é detetada e assinalada em tempo real.
7 – Para os mais céticos que se estejam a questionar: se houver um corte de eletricidade, o funcionamento da central de controlo e as suas funcionalidades estão comprometidas?
A resposta é não. Caso ocorra, o funcionamento continua assegurado por baterias independentes, com autonomia até 72h.
Esta solução de respostas integradas é encontrada no nosso sistema K-Series. Um sistema com circuitos de deteção e extinção totalmente automatizados, completa monitorização de todos os riscos ou falhas em tempo real e em qualquer parte do sistema.
Um sistema fiável e eficiente que nos permite assegurar que controlamos riscos, acautelamos danos e protegemos o Futuro!