Hoje explicamos o nosso propósito.
Quando os “mental coaches” andam a pedir-nos a todos, que reflitamos sobre o nosso propósito de vida, vamos explicar qual o nosso propósito enquanto empresa.
Afinal, se as empresas são as pessoas, a nosso reflete o propósito de vida das nossas pessoas.
Segundo Kant:
(…) no reino dos fins tudo tem ou um preço ou uma dignidade. Quando uma coisa tem um preço, pode pôr-se e vez dela qualquer outra como equivalente, mas quando uma coisa está acima de todo o preço, e, portanto, não permite equivalente, então ela tem dignidade (…) (1991, pág. 68)
Contudo a palavra segurança tem vários significados, tem uma dimensão objetiva, tem uma dimensão subjetiva, tem diferentes níveis de análise e diferentes valores a proteger. Podemos falar de segurança física, segurança psicológica, o bem-estar económico e financeiro, autonomia, liberdade.
A segurança percorre uma escala aberta que a mede desde a completa insegurança, ou sentimento à mais completa segurança ou ausência de medo.
Sendo a segurança um valor a atingir, é um bem comum inerente à condição humana, a segurança é ampliada à proteção de bens pessoais e à manutenção do nível de vida dos indivíduos.
Na Criterdestaque, quando falamos de segurança, falamos de um direito universal de cada indivíduo. Falamos de um bem comum assegurado por um conjunto de convenções sociais, as chamadas medidas de segurança. Falamos de um conjunto de medidas que visa a proteção contra riscos, perigos ou perdas para pessoas ou bens, um conceito simples ao traduzir a ausência (ou baixa probabilidade) de ameaça aos valores.
A segurança é a condição resultante de se sentir e ser seguro e permite aos indivíduos e grupos o estabelecimento de condições essenciais para levar a cabo uma vida além da sobrevivência animal. Existe uma multiplicidade de valores a proteger, para nós é prioritário proteger o valor básico da vida humana. O mais precioso valor de qualquer ordem normativa ou jurídica é a dignidade da pessoa humana.
A segurança humana é um conceito inclusivo. Todas as pessoas são responsáveis pela segurança de toda a sociedade. A segurança é indivisível.
Assim quando os nossos sistemas protegem escolas, protegem lares, sabemos que estamos a cumprir com o nosso propósito porque no nosso pensamento permanece o som das gargalhadas que se ouvem nos recreios, na nossa memória ficam os olhares de quem já viveu muito mas continua a viver através das memórias de um passeio de mãos dadas, em tempos passados, com um filho, as memórias da notícia do nascimento do primeiro neto, e pode fazê-lo em segurança.
Por tudo isto,todos os dias cumprimos com o nosso propósito, protegemos os vossos como protegemos os nossos. Protegemos as vossas razões de viver, protegemos as vossas memórias, protegemos a vossa dignidade.